O Salão Nobre do Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – no bairro da Liberdade, em São Paulo, viveu uma noite de gala ao servir de palco para celebração do lançamento do volume 9 da revista do IBEDAFT – Instituto Brasileiro de Direito Administrativo, Financeiro e Tributário – edição comemorativa dos cinco anos de fundação do instituto e do Volume III da Coletânea de Monografia sobre a Cultura Japonesa – com os textos das monografias que concorreram no quinto concurso realizado no ano de 2023.
O evento contou com a participação do presidente do IBEDAFT e organizador do Concurso, jurista Kiyoshi Harada; do 1º vice-presidente do Bunkyo, Roberto Yoshihiro Nishio; da cônsul Adjunta do Consulado Geral do Japão em São Paulo, Chiho Komuro; do vereador Aurélio Nomura; do advogado e ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidente do Corpo de Jurados do 5º Concurso de Monografias sobre a Cultura Japonesa; da advogada Felícia Harada; do professor Francisco Pedro Jucá, presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas (APLJ) e coordenador geral da revista do IBEDAFT; do professor Antônio Francisco Costa, fundador e presidente da Academia Internacional de Direito e Ética e membro do Conselho Superior do IBEDAFT; do presidente do Conselho Deliberativo do Bunkyo, Jorge Yamashita; e do ex-desembargador Kazuo Watanabe, presidente do Instituto de Direito Comparado Brasil-Japão.
Idealizado pelo jurista Kiyoshi Harada com o objetivo de promover estudos de temas ligados a Direito Administrativo, Financeiro e Tributário, de forma a interligar esses três importantes ramos do Direito Público, o IBEDAFT reúne professores, juristas, acadêmicos e bacharéis em Direito.
Tem como missão zelar pela sustentação da supremacia do Direito e da Justiça, por meio de estudo aprofundado nas áreas do Direito Administrativo, Financeiro e Tributário e sob o prisma multidisciplinar; propiciando visão prática do Direito, voltada para a gestão pública e empresarial; e colaborando com o Poder Público no aperfeiçoamento da ordem jurídica, ofertando estudos e pareceres sobre projetos legislativos de elevada repercussão na sociedade.
Internacional – Em seu discurso de saudação, o vice-presidente do Bunkyo, Roberto Nishio lembrou que, “em apenas cinco anos de existência, o IBEDAFT já se destaca no país como um dos mais importantes fóruns de discussão e desenvolvimento de teses jurídicos pertinentes às áreas de direito administrativo-financeiro e tributário”.
“Mas a atuação do Instituto não se restringe apenas o Brasil. Seus objetivos são mais amplos e arrojados. Tanto é que já organizou e realizou com sucesso três seminários internacionais de Direito Público e já se prepara para a realização do quarto seminário”, completou Nishio, acrescentando que “a pessoa do Dr. Kiyoshi Harada, todavia, não deslumbramos apenas a figura do iminente jurista, do combativo advogado e do exímio professor de direito, destacamos também o seu lado humanista”.
Fazedor de coisas – “Como cidadão brasileiro, descendentes de imigrantes japoneses o Dr. Kiyoshi Harada preocupa-se com a preservação e divulgação da cultura japonesa e principalmente os valores éticos que lhe foram transmitidos por seus assentos, essenciais para a formação de pessoas de boa índole”, disse, destacando que Kiyoshi Harada promoveu cinco concursos de monografias sobre os vários aspectos da cultura japonesa com o intuito de incentivar os jovens de qualquer nacionalidade ao estudo e pesquisa da história da imigração japonesa no Brasil, com o objetivo de mantê-la sempre viva e honrada”.
Para Francisco Pedro Jucá, “a comunidade deve se orgulhar de Kiyoshi Harada porque ele tem um mérito maior que eu reconheço em um ser humano”. “Ele é um fazedor de coisas. Desde jovem eu aprendi que a melhor maneira de se fazer qualquer coisa é fazendo”, disse Jucá, afirmando “o mais importante é fazer”. “Fazer é a diferença entre o existir e o viver. Viver é fazer, Kiyoshi vive porque faz”, frisou Jucá.
Geração privilegiada – Massami Uyeda destacou que o significado da cerimônia era “demonstrar a capacidade de realização de quem quer fazer”. “A fundação do Instituto Brasileiro de Direito Administrativo, Financeiro e Tributário nasceu da concepção de Kiyoshi Harada. Esse concurso de monografia sobre a cultura japonesa também nasceu da iniciativa dele, que é também o patrocinador”, explicou Uyeda.
Segundo ele, “nós estamos vivendo e escrevendo a história da comunidade nikkei no Brasil”. “Nós fazemos parte de uma geração privilegiada porque temos como exemplo um trabalho perseverante dos nossos pais. E procuramos cultivar e deixar isso para as gerações futuras. E esse trabalho do Kiyoshi Harada é exatamente a manifestação concreta desse ideal e desse objetivo. Por isso, é momento de render homenagens ao Dr, Kiyoshi Harada por esses dois grandes monumentos que ele criou”, concluiu Uyeda, referindo ao IBEDAFT e ao Concurso de Monografia sobre a Cultura Japonesa.
O vereador Aurélio Nomura definiu Kiyoshi Harada como um “um grande amigo, um grande jurista, uma pessoa voltada não só para a família mas também para a divulgação da cultura japonesa, e principalmente, um homem do progresso, que lutou, fez e ainda trabalha em prol da nossa cidade”.
Referência – Segundo o parlamentar, a cerimônia realizada no salão nobre do Bunkyo “marca o espírito inquieto, criativo e produtivo do Dr. Kiyoshi Harada, que é um dos mais conceituados juristas do nosso país, autor de uma literatura vasta e de referência”. “É autor de mais de 40 obras jurídicas publicadas pelos mais diversos editores, mais de 700 artigos e monografias publicadas pelas principais revistas jurídicas do nosso país, e consultor de mais de 80 obras coletivas. Também é idealizador do IBEDAFT, integrando profissionais do mais elevado nível profissional de conhecimento, professores, juristas, acadêmicos e bacharéis”, disse Nomura, acrescentando que “o Instituto é uma grande e importante fonte de referência para os estudantes profissionais de Direito, pois tem como objetivo promover cursos, palestras, seminários, conferências e debates nos termos ligados ao Direito Administrativo Financeiro e Tributário de forma a integrar esses três campos do Direito Público.”
Aurélio Nomura frisou que “o doutor Kiyoshi Harada é uma das personalidades de referência da comunidade nikkei e que se dedica com afinco à preservação da cultura japonesa no Brasil e com a preocupação de transmitir para as novas gerações”. “Foi essa decisão que o levou a idealizar o Concurso de Monografia que leva o nome de “Prêmio Jurista Kiyoshi Harada” com o apoio da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, da Associação Brasileira de Ex-Bolsistas Gaimusho Kenshusei e da JCI Brasil-Japão, com o intuito de despertar o interesse dos jovens nikkeis e não nikkeis para o desenvolvimento de atividades culturais, especificamente aquelas voltadas para a manutenção e a difusão da cultura japonesa no Brasil para que ela se perpetue ao longo das gerações”, destacou Nomura.
Relações Brasil-Japão – Para a cônsul Chiho Komuro, como organizador do Concursos de Monografias sobre a cultura japonesa e sobre a identidade da comunidade nikkei, Kiyoshi Harada vem incentivando os jovens a refletirem sobre assuntos como a imigração, o legado dos imigrantes pioneiros e sua influência na formação e progresso da sociedade brasileira. “Agradeço ao Dr. Kyoji Harada por sua dedicação em fomentar o estudo sobre esse tema tão relevante, não apenas para resgatar a história da imigração japonesa, mas também para fortalecer as nossas relações bilaterais entre Japão e Brasil”, frisou Chiho Komuro.
Tema atual – Em seu pronunciamento, Kiyoshi Harada fez um breve balanço sobre as duas obras. “A primeira, a revista do IBEDAFT, volume número 9, que corresponde ao 5º aniversário de sua fundação, contém 18 textos, sendo 15 artigos, versando sobre Direito Constitucional, Administrativo, Financeiro e Tributário, e três pareceres inéditos abordando matérias de Direito Público. A Coletânea de Monografia, a terceira coletânea, reproduziu as monografias apresentadas no quinto Concurso, no ano de 2023. Houve 51 pessoas inscritas, dos quais apenas 17 apresentaram definitivamente as suas monografias. O tema versado era reflexões sobre estereótipos dos imigrantes japoneses e seus descendentes, que eu julgava que era um tema já superado”, disse, afirmando que ficou admirado “ao verificar que o fenômeno ainda se faz presente “ao ler as magníficas monografias, escritas numa linguagem crua e nua”.
O professor Antonio Francisco Costa, representando o IBEDAFT, e o vereador Aurélio Nomura, pela comunidade nipo-brasileira, conduziram os brindes.
(Aldo Shiguti)